É como estar no meio de um rio e morrer de sede.
Uma carência grande me consome.
Quem dera eu ter alguém pra desejar bom dia com sinceridade.
Olho em volta e vejo apenas falsidade embrulhada para presente.
Quantas pessoas se aproximam, quantas se vão;
Me recordo de um tempo bom... Como tenho saudade desse tempo.
Tempo em que se eu chorasse, tinha sempre alguém pra me dar colo.
Época que se eu estivesse triste, existia alguém que fazia brincadeiras, as vezes sem graça, mais para me alegrar.
Dias em que tudo o que eu tinha vontade era me dado, se não imediato, mais tinha a certeza que chegaria.
Saudades do Papai Noel, que muitas vezes enchia meu sapatinhos de presentes e sorrisos.
Sinto falta do Coelho da Páscoa que me trazia ovos e alegria.
Amigos, que se aproximavam sem querer nada em troca.
Saudade da época que pessoas não se vendiam tão fácil.
Sinto falta do tempo que tudo era mágico.
Tempos que eu me sentia realmente alguém, não apenas mais um.
Minha infância, e quando menos esperava, ela se foi.